Lourenço e Lourival Lourenço e Lourival - Caipira da Gema

De manhãzinha
No recanto aonde eu moro
Os passarinhos canoros
Me acordam em sinfonia

O sabiá
O regente do sertão
Inspira meu coração
No compasso da harmonia

E o canário
Com as vestes de amarelo
Todo garboso e singelo
Interpreta a poesia

E a natureza
Toda sábia na essência
Nos retrata a existência
Do supremo Deus Messias

Ser um caboclo
É contemplar a criação
E de joelho no chão
Agradecer o ar que respira

E respeitar
Cada ser com muito amor
É muito fácil ser doutor
O difícil é ser caipira

E a tardezinha
Quando vai a luz do dia
Fechando toda a coxia
O véu negro aparece

E a Lua cheia
Por estrelas salpicadas
Passeando escoltada
Ela nunca envelhece

E o orvalho
Lágrimas da madrugada
Deixa a terra molhada
E a natureza agradece

E eu caipira
Recebo da divindade
A paz e a felicidade
Que vem em forma de prece

Ser um caboclo
É contemplar a criação
E de joelho no chão
Agradecer o ar que respira

E respeitar
Cada ser com muito amor
É muito fácil ser doutor
O difícil é ser caipira

Ser um caboclo
É contemplar a criação
E de joelho no chão
Agradecer o ar que respira

E respeitar
Cada ser com muito amor
É muito fácil ser doutor
O difícil é ser caipira