Ribeirão Preto no meu tempo de criança
Trago ainda na lembrança coisas que hoje eu não vejo
Naquele tempo que conforto não havia
O animal é que servia no transporte sertanejo
Era bonito a gente ouvir entusiasmado
Dois cocões apaixonados e coar pelo sertão
Era o roceiro que alegre carreava
Com um carro transportava sua vasta produção
Lá no riacho o monjolinho malhando
Dia e noite batucando ajudava o lavrador
Mas hoje em dia o monjolo está encostado
Porque tem no povoado maquinários a motor
Por todo lado está cheio de industrias
Tem usinas de açúcar que abastece a geração
Já não existe a engenhoca garapeira
Tudo teve outras maneiras através da evolução
Maria fumaça, o trem de ferro barulhento
Já ficou no esquecimento como trem da força elétrica
E as estradinhas que passavam mais boiadas
Foram todas asfaltadas no final da mesma época
Já não existe mais os ranchos de palmitos
Hoje os casarões bonitos mostram toda a verdade
e as caboclinhas cor escuras e benditas
Continuam favoritas no amor sem falsidade
Como presente ao civismo dos heróis
Ribeirão Preto por nós saúda o ano dois mil
Analfabeto não existe mais agora
O mobral chegou na hora e na luta contribuiu
Isso chamamos Ribeirão terra da gente
Cidade que vai pra frente numa marcha fraternal
Com muito orgulho trabalhei com a memória
pra escrever a sua história de um progresso nacional